Raivosa, Pilar se destituiu de suas vestes ensanguentadas e respirou um profundo desprezo pelas pessoas contentes. Com um instrumento cortante imbicou suas carnes e dilacerou o que restava daquele pesar.
Boca, seio, sangue.
Ódio, rima, cão.
Ardia em si pelo incômodo que lhe afetava naquela madrugada, mas não torcia os braços por nada que não merecesse seu grito.
Imponente, a sua guerra anunciava paz.
E quem se acostuma a guerrear todas as horas não se contenta com o avesso do caos.
Com jeito despiu a roupa de cama, sujou a toalha de limpeza e forçou um sono justo.
Lá permaneceu com vontade de gritar.
Não o fez. Não torceria seus braços por nada.
Ali fez um ninho.
De raiva, de medo, de rima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Aceita um café?!