A alice de Caroll habita na minha memória desde tempos muito longínquos. Comecei a viajar pelo mundo das maravilhas com um livreto molenga de poucas letras e com muitas imagens de animais falantes, xícaras e baralhos. Depois, com meu alfabeto mais firmado, ganhei uma versão mais robusta da história, de letras frondosas e douradas. Levava ele pra todo e qualquer lugar, recorrente companhia das minhas ausências nas aulas de educação físíca.
Cresci com os livros e com os filmes de desenhos sobre a tal aventura no país das maravilhas e no país dos espelhos. Até hoje essas memórias povoam meu imaginário. Daí que fico a pensar se não tivesse sido a alice, se tivesse sido outro personagem ou outro livro, como seriam minhas memórias? Claro que seriam diferentes, só que nunca saberei o quanto. (Mais um detalhe que aprendi com essa Alice sobre tempo e velocidades.)
Por isso sou perdidamente apaixonada pelo mundo imagético, imaginário e insano que cerca esse livro. Na verdade, cresci um tanto desde o primeiro livreto molenga de um tempo atrás (que hoje me parece tão pequeno e veloz de ler), porém não canso de dizer que já experimentei Wonderland de muitas formas, sempre a partir de novas metáforas e sentidos. E isso é que é um barato nisso tudo!
Alice e suas imagens de travessia nunca deixam de me afrontar, por isso cada produção que surge em torno dessa história me desperta tanto frenesi. Foi assim com o burburinho do filme de Tim burton (2010) e agora é com a descoberta das ilustrações surrealistas do artista plástico espanhol Salvador Dali (1904-1989) para o livro.
Alice e suas imagens de travessia nunca deixam de me afrontar, por isso cada produção que surge em torno dessa história me desperta tanto frenesi. Foi assim com o burburinho do filme de Tim burton (2010) e agora é com a descoberta das ilustrações surrealistas do artista plástico espanhol Salvador Dali (1904-1989) para o livro.
Deixo que as imagens de Dali falem por si, assim como gritaram aos meus sentidos quando as vi.
Que a alice de Caroll, encarnada nessas imagens por Dali, continue a mudar tantas vezes desde sempre e sempre, e produza belas produções no mundo e tantas inspirações significativas em nós!
Curiosidade: o artista realizou 12 heliogravuras (um tipo de impressão de ilustrações por meio de placas gravadas em baixo-relevo) para cada um dos capítulos do livro, além de uma gravura original assinada em quatro cores na frente. Quer ver essa preciosidade clique aqui!
O mundo da Alice é tão cheio de aventuras, que é impossível alguém não entrar em êxtase.
ResponderExcluirAinda te espero pro chá! rs
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