A auto-identidade é no fim das contas um sintoma de invasão parasítica, a expressão dentro de mim de forças que originam-se no meu exterior. A linguagem é para o cérebro o que a tênia é para os intestinos. Não só isso: pode ser possível encontrar um espaço digestivo livre da infecção parasítica, mas jamais encontraremos um espaço mental que não esteja contaminado [pela linguagem]. Espirais de DNA alienígena distendem-se dentro de nossos cérebros da mesma forma que as tênias estendem-se ao longo de nossos intestinos. Não apenas a linguagem, mas a qualidade completa da consciência humana, como expressa em homens e mulheres, é basicamente um mecanismo virótico.
William S. Burroughs, Cities of the Red Night (1981)
Quero compartilhar uma observação que tive durante minha estada aqui. Ocorreu-me quando tentava classificar a espécie de vocês e percebi que não são na verdade mamíferos. Todo mamífero neste planeta desenvolve instintivamente um equilíbrio natural com o ambiente que o cerca, mas não vocês, humanos. Quando se transferem para determinada região o que vocês fazem é multiplicar-se sem cessar até que todo recurso natural seja consumido, e o único meio que têm de sobreviver é alastrando-se para outra região. Há apenas outro organismo neste planeta que segue o mesmo padrão: um vírus. Os seres humanos são uma doença, um câncer neste planeta. Vocês são a praga. Nós somos a cura.
Agente Smith, Matrix (1999)
Infelizmente, diz Lovelock, Gaia está em apuros: acontece de estar infectada por um vírus chamado Homo sapiens. Os seres humanos estão destruindo ecossistemas, exterminando milhares de espécies e desestabilizando os climas. “Tornamo-nos a infecção da terra em algum passado longínquo e indeterminado, mas foi só há 200 anos que teve início a Revolução Industrial: nesse ponto a infecção da Terra tornou-se irreversível”, afirma ele.
Lovelock chama essa doença de poliantroponomia, condição na qual os seres humanos são tão numerosos que acabam fazendo mais mal do que bem. Projetos de energia renovável, a redução das emissões de carbono e a promoção do desenvolvimento sustentável, bem como outras idéias verdes, nada mais são do que a dissimulação de “animais tribais acenando bravamente seus símbolos contra a ameaça de uma força inelutável”.
Robin McKie, em resenha de The Vanishing Face of Gaia (2009), de James L. Lovelock
Por paulo Brabo,em seu blog Bacia das almas.
William S. Burroughs, Cities of the Red Night (1981)
Quero compartilhar uma observação que tive durante minha estada aqui. Ocorreu-me quando tentava classificar a espécie de vocês e percebi que não são na verdade mamíferos. Todo mamífero neste planeta desenvolve instintivamente um equilíbrio natural com o ambiente que o cerca, mas não vocês, humanos. Quando se transferem para determinada região o que vocês fazem é multiplicar-se sem cessar até que todo recurso natural seja consumido, e o único meio que têm de sobreviver é alastrando-se para outra região. Há apenas outro organismo neste planeta que segue o mesmo padrão: um vírus. Os seres humanos são uma doença, um câncer neste planeta. Vocês são a praga. Nós somos a cura.
Agente Smith, Matrix (1999)
Infelizmente, diz Lovelock, Gaia está em apuros: acontece de estar infectada por um vírus chamado Homo sapiens. Os seres humanos estão destruindo ecossistemas, exterminando milhares de espécies e desestabilizando os climas. “Tornamo-nos a infecção da terra em algum passado longínquo e indeterminado, mas foi só há 200 anos que teve início a Revolução Industrial: nesse ponto a infecção da Terra tornou-se irreversível”, afirma ele.
Lovelock chama essa doença de poliantroponomia, condição na qual os seres humanos são tão numerosos que acabam fazendo mais mal do que bem. Projetos de energia renovável, a redução das emissões de carbono e a promoção do desenvolvimento sustentável, bem como outras idéias verdes, nada mais são do que a dissimulação de “animais tribais acenando bravamente seus símbolos contra a ameaça de uma força inelutável”.
Robin McKie, em resenha de The Vanishing Face of Gaia (2009), de James L. Lovelock
Por paulo Brabo,em seu blog Bacia das almas.
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