6 de jun. de 2011

Guarda-chuva para o caos*

Pus aquela música pra tocar. A mesma que em outros momentos me consolou os olhos,a boca e os nervos. Hoje, ela me consolaria do caos. Mas era diferente ... era um sábado chuvoso, preguiçoso demais para olhos acordados, boca seca e nervos expostos. Era dia de sair na chuva, desprezar-se de si e alargar o mundo.
Cheguei então a essa conclusão. Tinha então que terminar tudo em chuva! Os goles apressados de água, os livros cartografados de desejo absortos na cama, o medo de si, do outro, de tantos. As olheiras insones de um plano sem ação, o labirinto das paisagens de uma semana aiónica ...
{Leia-se SILÊNCIO}
Terminou como terminam as coisas importantes. Com um fim. Mas com muitos meios. "Entres" de portas escancaradas, atrevidos, intensos.
Findou-se a semana  mais caótica, intempestiva e multicolorida que poderia me acontecer. Engraçado que dentro dela habitavam outras semanas, outros dias, outras gentes e outras de mim.
Agora, ela é memória!
Como isso que rabisco nesse caderno, que já não é ela, que já não é eu, mas que é alguma coisa do entre. Que ficou, que alargou meus dias e que hoje virou palavras.
{Mas que é bem mais sentido!}

ps. Aos queridos Gislene Mâcedo,Pablo Severiano,Érica Atem,Paulo Henrique, Íria Sabóia, Rosi alves, Bruna Clézia, Aélio Almeida e Diana Negreiros.


*Sussurro de Érica Atem naquele sábado chuvoso. 
**Ilustração de Gra Mattar
  

2 comentários:

  1. nunk vou esquecer do guarda-chuva pro caos *-* tinha que sair da boca da érica ;)
    minha querida, como estou feliz por ter você mais uma vez por perto, por compartilhar tantas coisas que esse curso nos permite! seremos felizes sim, nesse novo caminhar...ainda que sangremos!

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