12 de jul. de 2010

Foi naquele dia.


Ainda lembro do frio na espinha,
e da imensidão daquele quintal.
Por mais passos apressados que desse
não conseguia encarar aquele labirinto turvo.
O barulho no ouvido,
o vulto do movimento,
a folha que fazia graça.
Nunca desejei tanto uma bola como naquele dia.
E lá estava ela a me esperar ,
como que condizente num pacto de aliados.
Ali eram todos contra eu,
a bola, as outras crianças, o quintal e meus monstros.
Eu fui, cambaleante e gélida,
lhe agarrei com a força do medo
e voltei correndo para dentro de casa.
A brincadeira recomeçou,
os inúmeros pezinhos empoeirados correram em direção de alegria,
e ali parada,retornante do sacrifício,eu senti orgulho de mim.

Thamila Cristina



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