És meu.

Sabe,faz tanto tempo que não faço uma prosa!

Hoje acordei pra prosear,mesmo que sozinha.

Os tormentos dos últimos dias têm me dado calafrios,durmo pouco,acordo rápido,tenho pesadelos,sinto frio e ando esquecendo os detalhes.

Que tempo veloz esse meu,anda me consumindo às pressas,como se preciso fosse me capturar em migalhas. É, o tempo adora as migalhas,aquelas que a gente deixa pelo chão enquanto voa pela vida.

Ultimamente as minhas migalhas têm ficado pelo chão,adquirindo formas de saudade,do tempo que eu era preguiçosamente desatarefada.

Que nostalgia!

Que ser humano insaciável EU sou.

Quando tudo era calmaria,nada de valor.

Quando tudo é urgência,valor de nada.

Agora já sei o que fazer em tempos assim,darei uma rasteira no tempo e envocarei risadas barulhentas.

Ela ficará raivoso,me consumirá ao dobro,preferirá migalhas cada vez menores e me porá em desespero.

É isso que eu quero,senhor tempo!

Quero te ver com raiva de mim,bem bravo com minhas estripulias,desconcertado com minhas risadas.

Assim o jogo fica igual,brincamos de nos matar e não chegaremos a final algum,pois depois de consumir-me por total,acelerar meus passos e destruir meus detalhes,farás me ver que não é senhor de tudo,nem de mim.

Eu que sempre fui sua senhora,a mandante.

No fim,se existir algum fim nisso tudo,se existe algum culpado,sempre fui eu,que te autorizei a dominar-me.