25 de fev. de 2009

Diálogo

Li sobre esse tema e decidi compartilhar minhas idéias a respeito do tema.
pra começar,vou citar Humberto Mariotti e seu conceito de diálogo.
“Diálogo, reflexão conjunta, observação cooperativa da experiência, é uma metodologia de conversação que visa melhorar a comunicação entre as pessoas e a produção de idéias novas e significados compartilhados. Ou, posto de outra forma, é uma metodologia que permite que as pessoas pensem juntas e compartilhem os dados que surgem desta interação sem procurar analisá-los ou julgá-los de imediato.”
Se pararmos pra analisar o mundo que vivemos e as trocas de relações diárias que temos,veríamos que muitas pessoas passam por nossas vidas e, se meditarmos um pouco mais,lembraremos que a maioria das pessoas com qual trocamos experiência,
e me permitam dizer algo que aprendi sobre essa palavra.
(EX-periência é tudo que vem de fora(ex) e nos atravessa,nos modifica e tranforma o nosso caráter e as nossas convicções.)
são pessoas diferentes de nós e com experiências diferentes da nossa.Já imaginou como seria impossível uma relação harmônica se não tivessemos o bom senso de aceitar as experiências alheias a nossa?!
Você deve se dizer: ah,mas quem bom que aprendemos isso e hoje a humanidade caminha em paz.
É,que bom seria se a humanidade descobrisse isso um dia.Seria,provavelmente, o fim das guerras,das mortes baratas,das vinganças contidas.
Mas a humanidade ainda não descobriu, ou se descobriu, teima em não realizar o exercício saudável do diálogo.
Ricardo gondim cita em seu site uma meditação sobre paulo freire e sua obra pedagogia dos oprimidos,na qual relata a importancia da dialogicidade,O pastor Ricado se foca no âmbito da espiritualidade e embora eu ache que o diálogo é bem-vindo em todas as áreas,quero me focar nessa vertente.O diálogo consciente dentro da igreja!
Se praticassemos um diálogo despreconceituoso dentro de nossas igrejas,teríamos mais fiéis parecidos com Jesus Cristo,e isso resultaria numa espiritualidade sadia.
Jesus Cristo é o primeiro a reconhecer as experiências do outro,Ele andava com pecadores (que eram seres com experiências diferentes das suas),Ele escolheu discípulos com histórias morais e individuais bem peculiares e diferentes da sua.Pra falar a verdade,Ele preferia essas pessoas e suas diferenças.Jesus foi o maior exemplo dialogador do mundo,Ele reconhecia as diferenças e não impunha a sua condição.Ele fazia uma reflexão conjunta e interagia,de modo respeitoso,com a vida que estava dialogando.
Reconheço a vocês que é difícil se parecer com Jesus,é difícil não impor nossas idéias e nossas verdades a força,é complicado ouvir individualidades diferentes das nossas e não julgar,ah,se parecer com o príncipe da paz é realmente um desafio!
Mas,tornar-se mais parecido com Jesus é recompensador.
quando ouvimos verdades diferentes da nossa e refletimos respeitosamente,quando ganhamos amigos porque não somos preconceituosos ou quando vemos olhares de amor porque amamos de verdade,isso realmente deve tirar sorrisos de Jesus.
termino com uma citação de paulo Freire em seu livro citado a cima,que nos faz refletir sobre o diálogo:

A auto suficiência é incompatível com o diálogo. Os homens que não têm humildade ou a perdem, não podem aproximar-se do povo. Não podem ser seus companheiros de pronúncia do mundo. Se alguém não é capaz de sentir-se e saber-se tão homem quanto os outros, é que lhe falta ainda muito que caminhar, para chegar ao lugar de encontro com eles. Neste lugar de encontro, não há ignorantes absolutos, nem sábios absolutos: há homens que, em comunhão, buscam saber mais”


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Aceita um café?!