Uma nova tag subiu no blog desde o post anterior - Resenhas de livros. Há algum tempo , leia-se últimas semanas, resolvi relatar minha impressão sobre alguns dos livros que li ou que tinha terminado de ler recentemente. Inicialmente publiquei lá no Skoob e agora decidi compartilhar aqui no blog também. Não são resenhas formais, longas, detalhadas, mas é algo mais intimista, com minhas impressões e relatos sobre como fui afetada por esses livros.
Escritos em verbal de Ave,
Manoel de Barros.
Editora Leya.
Esperei o novo livro do poeta matogrossensse Manoel de Barros durante muitos dias. Houve um contratempo no sebo onde encomendei o livro e tive que esperar mais tempo do que o habitual para chegar minha encomenda. Em se tratando de aguardar um lançamento de Manoel de Barros tudo se alarga em proporções bem maiores, tamanha a ansiedade.
Manoel de Barros é o poeta que mais leio atualmente, tenho tido um carinho bem grande com suas obras, acho que sua poesia nos fornece subsídios para pensar muitas coisas do nosso tempo, que não se esgotam, não fenecem, mas lampejam em cada nova olhada, em cada novo amanhecer.
E, seguindo a subversão que lhe é de costume, Manoel de barros sur-preende nesse novo livro.
É como se o livro entardecesse logo na capa. O azul com o alaranjado elevam o tempo pra alguma hora triste. Triste não, poética! (por que o poético é mais infante na imaginação).
É assim que Escritos em verbal de ave me rapina e me ganha logo na entrada. É um deslivro, pra começo de conversa.
Não tem forma de livro e nem pretende ser um, pelo conteúdo que gorjeia.
É uma desbiografia de Bernardo, o amigo de Manoel que não falava o verbal rotineiro mas que carinhava o verbal de ave como vocação.
Com reverência a uma hora poética, Manoel vai entoando o amigo Bernardo pelos versos, pelo livro abrindo em desmedida e pelos cantos do papel desabrochando ali na frente do leitor voraz, esfomeado de suas sutilezas.
Manoel me lembrou Cortázar, pelas desformas, pelo labirinto de sentidos e cujo projeto gráfico do livro contemplou de forma acertada. No fundo tive a impressão também de que os versos soltos e alheios de Manoel eram um bilhete, daqueles que a gente deixa pelos cantos da casa, à procura de algum olho que veja, que sinta, que socorra nosso lamento.
O livro é um canto ao amigo, uma saudade. E toda saudade, por si só, já é digna de muito apreço.
É assim que Escritos em verbal de ave me rapina e me ganha logo na entrada. É um deslivro, pra começo de conversa.
Não tem forma de livro e nem pretende ser um, pelo conteúdo que gorjeia.
É uma desbiografia de Bernardo, o amigo de Manoel que não falava o verbal rotineiro mas que carinhava o verbal de ave como vocação.
Com reverência a uma hora poética, Manoel vai entoando o amigo Bernardo pelos versos, pelo livro abrindo em desmedida e pelos cantos do papel desabrochando ali na frente do leitor voraz, esfomeado de suas sutilezas.
Manoel me lembrou Cortázar, pelas desformas, pelo labirinto de sentidos e cujo projeto gráfico do livro contemplou de forma acertada. No fundo tive a impressão também de que os versos soltos e alheios de Manoel eram um bilhete, daqueles que a gente deixa pelos cantos da casa, à procura de algum olho que veja, que sinta, que socorra nosso lamento.
O livro é um canto ao amigo, uma saudade. E toda saudade, por si só, já é digna de muito apreço.
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