24 de dez. de 2011

Ensurdece-dor


Depois de escutar aquela sirene tocando incansavelmente na noite passada, 
fiquei me perguntando (também incansavelmente) sobre a petulância do barulho.
Esse mesmo que, assim como os humanos, diferem pela repetição, pelos ouvidos que lhe ecoam e pelo limiar dos que lhe suportam.
Fiquei a pensar o quanto a gente vai se em-barulhando durante a vida, juntando toda essa irmandade compladecida. Tintilando sons pelas vísceras ensanguecidas e pelo estômago oco de ausência ou pelo estridente choque dos dentes e sorrisos em demasia ...

É tanto barulho por aí, por aqui, que hoje, ao menos por hoje, quero gostar do oposto.
(Foi o que pensei quando escutei aquela sirene soar.)
  
      

   

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Aceita um café?!